Na UV 2004, todos os participantes tiveram a possibilidade de dirigir perguntas escritas aos conferencistas e a personalidades que se associaram a esta iniciativa. De entre as perguntas que lhes eram destinadas, os nossos convidados escolhiam duas para dar resposta e para serem publicadas no JUV.
Aqui podem ser consultadas não só as perguntas seleccionadas pelos convidados e as respectivas respostas mas também todas as restantes que não chegaram a ser publicadas.
A medida que implementou este ano para a especialização de licenciados não será utópica face ao crescente número de doutores desempregados e desmotivados?
O Governo está a implementar um Plano Integrado para o emprego científico e qualificado com 13 medidas com vista a cobrir diversas realidades, entre as quais se contam:
Medida de reconversão de licenciados em áreas de maior saturação para áreas de maior empregabilidade e interesse estratégico para o País como o turismo, apoio à terceira idade, informática, etc.
Medida de inserção de licenciados, mestres e doutores no tecido empresarial;
Medida de apoio a licenciados, mestres e doutores que criem pequenas empresas com elevado conteúdo tecnológico.
Se houvesse uma área tecnológica em que a Sra. Ministra tivesse que apostar, qual seria?
O Governo aposta em áreas estratégicas para o País no âmbito do ensino superior e da ciência.
Ensino Superior: Saúde, Tecnologias e Engenharias; Artes
Ciência: Biotecnologia; Saúde; Tecnologias de Informação e Telecomunicações; Energia e Ambiente; Espaço e Aeronáutica
O que tem que mudar nas Universidades para acabar com a fuga dos melhores alunos para o estrangeiro quando acabam o doutoramento e não regressam a Portugal?
A percentagem de licenciados desempregados é considerável. Qual é, na sua opinião, a verdadeira causa desta situação? Haverá, de facto, um excesso de licenciados? Dever-se-á limitar ou até mesmo acabar com as entradas em determinados cursos?
Qual a estratégia para fixar os investigadores portugueses no nosso País?Até que ponto considera determinante a captação de empresas para a sustentação deste objectivo?
Está a equipa governativa a preparar algum tipo de medida penalizadora para as Instituições de Ensino Superior que mantêm cursos cuja estrutura é reprovada na avaliação das Ordens Profissionais, restringindo a actividade dos recém-licenciados?
A percentagem de alunos em cursos superiores das áreas da ciência e da tecnologia é bastante baixa. Como fomentar o gosto dos estudantes portugueses por essas áreas essenciais para o nosso desenvolvimento?
O que é preciso para articular os cursos do Ensino Superior com as reais necessidades de mercado, designadamente diminuindo (ou encerrando mesmo) cursos cujos licenciados não conseguem há anos lugar no mercado de trabalho?
Enfrentamos todos os dias dados terríveis para colocar no mundo do trabalho, licenciados na área das ciência sociais e humanas. Não deverá o Ministério da Ciência e Ensino Superior regularizar o sector, diminuindo ou suspendendo (por algum tempo) alguns cursos ?
Até que ponto a restrição orçamental coloca em causa o investimento na inovação e nas novas tecnologias, sendo estes vectores fundamentais de desenvolvimento da nossa sociedade?
Visto as propinas do Ensino Superior terem aumentado e muitas instituições no litoral terem optado pelo valor máximo, não se estarão a criar estudantes de elite, (pois estes é que podem pagar) e a retirar, de certo modo, o direito de todos terem iguais condições de estudo, com qualidade ?
Numa altura que se fala tanto na aposta na investigação e inserção dos jovens licenciados no mercado de trabalho, porquê o corte dos programas PRODEP de seis meses? Não seriam importantes?