Na UV 2004, todos os participantes tiveram a possibilidade de dirigir perguntas escritas aos conferencistas e a personalidades que se associaram a esta iniciativa. De entre as perguntas que lhes eram destinadas, os nossos convidados escolhiam duas para dar resposta e para serem publicadas no JUV.
Aqui podem ser consultadas não só as perguntas seleccionadas pelos convidados e as respectivas respostas mas também todas as restantes que não chegaram a ser publicadas.
Qual a sua posição relativamente a quotas de mulheres em cargos públicos?
Sou contra.
Porque as mulheres não precisam de quotas e não devem nunca precisar de quotas nem de discriminação positiva para se afirmarem.
As mulheres têm um acesso à educação e ao mérito igual ao dos homens. Têm é de fazer escolhas... Sou a favor, sim, da protecção da maternidade e dos seus direitos para que as mulheres não sejam vítimas do afastamento do local de trabalho.
Entre a política e o jornalismo há relações perigosas?
Há relações altamente perigosas, sempre houve e sempre há-de haver. Faz parte do ofício. O problema não são as relações, é o facto de cada um tentar ocupar o lugar do outro. Os políticos armam-se em jornalistas e os jornalistas julgam que estão a fazer política e chegam a dar conselhos e estratégias. Talvez devessem almoçar menos uns com os outros.
Num programa de televisão, Prós e Contras, corrigiu, em directo, o então Ministro da Educação, David Justino. Acha que era de facto, fundamental fazê-lo?
Em auditoria económica, dá-se muita importância à chamada "chek list" de onde se descrevem os elementos mais importantes de avaliação de empresas. Quais os elementos de avaliação de uma boa jornalista?
A forma como comunicamos uns com os outros é "automática", as palavras têm sentido no seu conjunto ou individualmente.Durante esta semana a palavra "Política" foi referida vezes sem conta, será que já a banalizamos e levamos ao extremo a sua utilização?Será que alguém ainda se lembra do verdadeiro significado da palavra? Qual é a importância da palavra "Política" em si mesma?
Há tempos li, numa revista semanária recente, um jornalista a comentar a rentrée políticas dizendo que o PSD e BE iriam substituir as mesmas por Universidade de Verão, que adjectivou com conotação "circense". Qual é a sua opinião em relação à nossa Universidade de Verão?
A partir da sua experiência à frente da casa Fernando Pessoa, considera possível democratizar a cultura? Como é que se consegue que cultura não rime com monotonia?