Na UV 2004, todos os participantes tiveram a possibilidade de dirigir perguntas escritas aos conferencistas e a personalidades que se associaram a esta iniciativa. De entre as perguntas que lhes eram destinadas, os nossos convidados escolhiam duas para dar resposta e para serem publicadas no JUV.
Aqui podem ser consultadas não só as perguntas seleccionadas pelos convidados e as respectivas respostas mas também todas as restantes que não chegaram a ser publicadas.
Qual a estratégia de forma a inverter a tendência pessimista que, neste momento, caracteriza a maioria da população portuguesa?
Há uma tendência crónica em Portugal, para ver sempre o copo meio vazio, o lado negativo das coisas.
Não quero com isto negar que o pessimismo se pode dever, também, ao facto da vida estar, nalguns aspectos, mais difícil. Não podemos desvalorizar as dificuldades que alguns portugueses vivem.
Mas creio que a única forma de superar as dificuldades é enfrentá-las.
Não há outro caminho para o desenvolvimento e para a riqueza que não passe pelo trabalho, pelo mérito e pela convicção de saber que vamos conseguir.
O desporto vive à custa do Estado, excepto o futebol. Não se deveria aumentar o tempo de antena de outras modalidades desportivas para que estas possam ser dessa forma subsidiadas e incentivar a sua prática.
Qual a radiografia que faz do momento actual que atravessa o Direito Administrativo? Será que estamos preparados para desburocratizar o sistema e tornar o sistema muito mais acessível e simples?
Acha que as condecorações e as comendas foram bem atribuídas? Não estão a tornar-se banais, pelo facto de se terem atribuído a pessoas, a meu ver que não contribuíram de uma forma construtiva para Portugal? Deve distinguir-se, por exemplo, o sr. Belmiro que cria trabalho, emprego, riqueza para o País.
Numa altura em que os custos orçamentais, mormente os associados à Administração Pública, têm de ser reduzidos, justifica-se a realização de Conselhos de Ministros fora de Lisboa, com os custos que necessariamente a isso estão associados?
Que conselho daria a um jovem que ambicionasse um dia ocupar o seu lugar como Ministro da Presidência?R: Se alguém quiser ser Ministro, o meu conselho é que a melhor maneira de lá chegar é não pensar nisso, nem condicionar a vida a esse objectivo. O importante é viver a vida pessoal e profissional ou académica sem se pautar por esse tipo de preocupações.O importante é aperfeiçoar as competências e as qualidades pessoais e profissionais de modo a que um dia as possa pôr a render ao serviço do País e do interesse público.Em relação a ser Ministro da Presidência, o meu conselho seria o de pensar muito bem antes de aceitar.
Se conseguisse abstrair-se das suas funções governamentais e respondesse apenas como simples cidadão, qual seria a sua opinião do comportamento do Ministério da Defesa Nacional no caso do chamado "barco do aborto"?
Sr. Ministro, depois de ter reorganizado a ideia da televisão pública em Portugal de uma forma fantástica, gostaria de saber quais as ideias que quer concretizar neste ano e meio que terá pela frente?