Sejam bem vindos à Universidade de Verão 2004. Vai ser uma experiência bastante enriquecedora para todos. Eu fui uma das participantes do ano passado na Universidade de Verão 2003 e este ano estou aqui como Conselheira. Foi uma experiência única que vocês vão ter a oportunidade de viver também. O conselho que vos deixo como ex-aluna da Universidade de Verão é que aproveitem ao máximo e saibam tirar partido de tudo aquilo que vão aprender. Vão também fazer novos amigos, terão aqui experiências espectaculares que vos marcarão certamente durante esta semana e para o resto das vossas vidas. A primeira edição da Universidade, realizada no ano passado, foi uma experiência não só para nós enquanto participantes mas também para a própria organização. Deu os seus frutos, bastante positivos. Nesta segunda Univerão encontrarão tudo de bom que tivemos o ano passado e algumas novidades e melhorias que introduzimos.
Sejam bem vindos. Espero que corra tudo da melhor forma, aproveitem ao máximo e desejo a todos um belíssimo trabalho.
Vamos ver agora um filme de sete minutos que espelha o que se passou na edição anterior da UV e dará uma ideia do que se espera desta semana em Castelo de Vide.
PALMAS
(FOI VISIONADO O FILME)
Carlos Coelho (Director da Universidade de Verão)
(O ORADOR USOU UMA APRESENTAÇÃO EM POWER POINT DISPONÍVEL AQUI)
Senhor Presidente da JSD, Deputado Jorge Nuno Sá, Matos Rosa, Secretário Geral Adjunto do PSD, minhas caras amigas e meus caros amigos, como a Mariana já vos disse e o Presidente da JSD dir-vos-á a seguir a mim certamente, sejam bem vindos à Universidade de Verão 2004.
Como a Mariana já referiu (e agradeço-lhe o facto de o ter feito), e como vocês viram no filme que acabou de passar, esta iniciativa não nasceu do zero. Nasceu em 2003 e quero começar por agradecer a todos aqueles que fizeram a Universidade de Verão 2003, e particularmente, àqueles que foram os seus participantes. Foi com a experiência de 2003 que pudemos organizar e espero melhorar a Universidade de Verão 2004. Há várias coisas que são relativamente subtis, pormenores, a que alguns darão valor outros talvez não, há algumas inovações que resultaram da avaliação que fizemos de 2003, porque somos exigentes connosco próprios e com aquilo que fazemos. Esta Universidade 2004 também vai ser avaliada. Será avaliada no domingo de manhã, desde logo por vocês, que serão convidados, por voto secreto, a dar a vossa opinião sobre aquilo que correu melhor e aquilo que correu pior. Independentemente das vossas sugestões avulsas que o Paulo Colaço incluirá no JUV, o Jornal da Universidade de Verão.
Graças à experiência do ano passado decidimos fazer esta Universidade de Verão ligeiramente maior, (mais um dia), e com aprendizagens mais concretas. Temos também uma novidade que ocorrerá na 6ª feira à tarde: uma Simulação da Assembleia da qual falaremos depois com maior detalhe, mais tarde. Uma outra novidade é o painel oponente: o tema da Europa será abordado em debate e não na lógica da conferência. Veremos como funciona e qual é a vossa reacção. Ao nível dos participantes da Universidade de Verão 2004, há uma melhor representação nacional. Pela primeira vez temos participantes de todos os distritos e das duas regiões autónomas. Isso não ocorreu o ano passado. Há convidados de países africanos de língua oficial portuguesa a quem aproveito para dar as boas vindas, melhorámos o equilíbrio entre homens e mulheres, 40% dos participantes nesta Universidade de Verão são mulheres e temos uma melhor distribuição etária, com uma média que anda à volta dos 24 anos.
Queremos que esta Universidade de Verão seja interactiva e apostamos em muitos instrumentos para garantir esta interactividade permanente. O primeiro desses instrumentos é a Intranet. Há uma Intranet a que podem aceder através do vosso computador portátil ou dos dois computadores que estão colocados no primeiro andar para qualquer participante ter acesso. Aí têm acesso quer à Internet, quer à Intranet através de uma rede Wireless. O Rui Pedro Oliveira está à vossa disposição a seguir ao jantar, aqui na Organização, com a equipa de informática para adequar os vossos computadores de forma a beneficiarem das antenas de Wireless que funcionam aqui no R/C e no primeiro andar na zona do restaurante e do bar, onde terão lugar os trabalhos de grupo. Este é o endereço (visualizado no ecrã) que têm que digitar no vosso browser para acederem à Intranet, À Internet acedem através dos endereços normais. A nossa Universidade interactiva tem também o JUV que já vos falei, o JUV é o Jornal da Universidade de Verão, sai todas as noites e é distribuído directamente nos quartos. Quem se deitar mais tarde receberá nessa noite ainda, quem se deitar mais cedo recebe na manhã seguinte quando acordar. O Jornal da Universidade de Verão é o vosso jornal, vão ser solicitados a participar, por várias vias e convido-vos, estimulo-vos a participarem no JUV.
Uma das formas em participar na Universidade, e no JUV, é através das sugestões, das perguntas e do achei curioso. Já têm na vossa pasta de documentação as sugestões e o achei curioso e todas as manhãs ser-vos-ão entregues impressos para fazer perguntas a um Ministro ou a uma Personalidade. Estas iniciativas, (sugestões, perguntas e achei curioso) não são obrigatórias mas sim facultativas. As sugestões podem ser anónimas ou assinadas. Se preferirem o anonimato, dobram o boletim e entregam na organização onde fizeram a vossa credenciação, e onde está uma urna disponível, para o efeito bem como para recolher os votos que vão ter que fazer todos os dias. As perguntas às personalidades serão publicadas nas actas da Universidade de Verão, mas infelizmente por razões de gestão de tempo e da disponibilidade das pessoas que vão colaborar connosco não estaremos em condições de garantir a resposta a todas. Para efeitos de publicação no JUV, vamos seleccionar apenas duas perguntas para cada personalidade, ou Ministro, sendo publicadas no JUV com as respectivas respostas. O achei curioso e as sugestões serão publicadas algumas no JUV, todas nas actas da Universidade de Verão e todas na Intranet da Universidade à medida que forem transcritas. As sugestões são um instrumento essencial de comunicação entre os alunos e a Direcção da Universidade de Verão: qualquer sugestão relativamente à organização da Universidade poderão fazê-lo por essa via ou através dos vossos Conselheiros que irão conhecer nesta sessão de abertura. Atenção aos prazos! Porque temos de fazer a selecção das perguntas, contactar os Ministros e as personalidades, (que têm de as conhecer no mesmo dia) por forma a que as duas perguntas seleccionadas sejam incluídas na edição dessa noite do JUV, juntamente com as respectivas respostas. As perguntas têm que nos chegar até às 13 horas, sendo depois enviadas ao Ministro ou Personalidade que as selecciona e responde. Os “Achei Curioso”, para efeitos de selecção para publicação no JUV, devem chegar até às 17h30. Reparem: antes do almoço e antes do início dos trabalhos de grupo. Esses impressos podem ser entregues na recepção directamente a qualquer membro do staff ou através dos vossos Conselheiros.
A Universidade interactiva tem também a sua Avaliação: Há uma avaliação diária para a qual vão ser convidados. Como sabem, a Universidade de Verão está dividida entre temas e conferências, os temas são durante o dia, um de manhã e outro à tarde, as conferências serão ao jantar. Vamos pedir-vos para todos os dias avaliarem o tema sob o ponto de vista da sua utilidade, da sua originalidade, se gostaram ou não, para se avaliar também o orador e alguns aspectos de organização (material de suporte e audio-visual, qualidade de documentos distribuídos, tempo dedicado ao tema) Esta avaliação é anónima, corresponde a um boletim de voto que dobrarão e deverão entregar na recepção. Este voto é obrigatório, podem votar branco se não quiserem escolher mas é uma participação obrigatória na Universidade de Verão. Naturalmente que vos convido a preencherem o boletim de voto. Todos ganhamos com a vossa opinião sobre o que correu melhor e o que correu pior. Haverá no último dia uma avaliação global mas estas avaliações diárias são sobre os temas e correspondem ao boletim que podem ver agora no ecrã.
Há cinco regras elementares, (vão ver que há regras para tudo). Têm na vossa pasta de documentação um desdobrável com as regras. Não se preocupem pois não são regras muito complicadas. São regras relativamente simples mas há regras para tudo. Há cinco regras essenciais:
A primeira é ter vontade . Ninguém veio por obrigação, está aqui quem quis, candidatou-se e foi seleccionado.
A segunda regra é querer saber mais , acompanhando os temas, fazendo perguntas, participando nas nossas actividades e nas nossas iniciativas.
A terceira é ser pontual : Foi uma grande lição que nós demos ao País e que os jornalistas que nos acompanharam publicaram, em todas as referências que fizeram sobre a Universidade de Verão 2003. Foi o exemplo que os jovens Social Democratas deram. Provámos que, numa altura em que o País se preocupa com a competitividade e com a ausência de cumprimento de horários, a nossa Universidade fez tudo a horas. Houve horas para começar e horas para terminar. Somos tão rigorosos nas horas para começar como nas horas para terminar. Assim, há tempo para fazermos tudo, damos uma imagem de rigor e provamos que somos diferentes dos outros e diferentes dos seniores do nosso próprio partido. Creio que é também uma boa lição esta que vamos dar também na Universidade em 2004.
Quarta regra, ser solidário com os colegas dos outros grupos e com toda a gente que aqui está na Universidade de Verão. Camaradagem e companheirismo, são valores nossos e vamos dar testemunho disso também.
Finalmente, quinta regra, ser construtivo, assinalando a mim, à Direcção da Universidade, aos vossos Conselheiros, aos vossos coordenadores, aquilo que consideram que pode ser melhorado. Com a ajuda de todos vamos garantir que a Universidade de Verão 2005 será ainda mais conseguida do que aquela que estamos a fazer em 2004.
Bem e quem está cá? Estão vocês. Foram vocês que se candidataram, num total de cerca de 400 jovens. Infelizmente não pudemos seleccionar todos. Vocês estão no grupo dos que cumpriram os critérios que foram definidos e portanto podemos dizer, com rigor: vocês são uma selecção nacional, são uma selecção de qualidade e vão reparar que os tratamos assim. Temos um elenco de luxo, com Marcelo Rebelo de Sousa, Diogo Lucena, Jorge Moreira da Silva, Carlos Pimenta, Valadares Tavares, Francisco Balsemão, Martins da Cruz, Fernando Seara, Paulo Teixeira Pinto, José Correia, Juan Luís Cebrian e tantos outros, para não falar naturalmente daquele que nos honrará com a presença no encerramento, o nosso Primeiro Ministro e Presidente do PSD. Um elenco de luxo para uma selecção nacional. Não estamos aqui a organizar uma Universidade de pacotilha, como se prova pela densidade dos temas e pela qualidade dos oradores e terão todos os dias, como já viram nas vossas pastas, uma Revista de Imprensa com aquilo que de essencial acontece no País, na Europa e no Mundo. Uma selecção de imprensa portuguesa e estrangeira, com a Agence Europe, Le Monde, El País e o Financial Time porque uma selecção de qualidade tem o dever e a obrigação de saber aquilo que acontece lá fora. Estamos aqui fechados a trabalhar! Ninguém pode dizer, depois de ver este programa, que os jovens Social Democratas vieram fazer turismo uma semana para Castelo de Vide. Estamos aqui para trabalhar arduamente e não estamos fechados da realidade que nos rodeia.
Montaigne, um filósofo (e deputado também, embora por pouco tempo) do século XVI fez um ensaio notável sobre a Educação e disse que o formando não é um recipiente que devemos encher mas é um fogo que é preciso atear. Pois bem, minhas caras amigas e meus caros amigos é isso mesmo que queremos fazer convosco: é atear ainda mais o vosso fogo para a militância activa para a militância cívica e para a participação política. Vivemos num País, temos uma cultura em que este contraste é muito nítido: há uns que criticam e outros que constroem, há uns que se queixam e outros que fazem, há uns que murmuram e outros que actuam. Fernando Savater em 1997, num livro que escreveu diz que se alguma coisa nos ofende ou preocupa e é remediável devemos pôr mãos à obra porque é ocioso ficarmos a deplorar porque este mundo não tem livro de reclamações. Eu gosto muito desta expressão “este mundo não tem livro de reclamações”. Portanto é para isto que vos convocamos! Num País que por vezes se entrega muito às lamúrias, estão convocados para a acção, para a acção política. Para tanto há requisitos em que vos podemos ajudar e requisitos em que não vos podemos ajudar. Nos requisitos em que vos podemos ajudar estão a inteligência e a formação. Fazer política precisa de inteligência e de formação. Cada vez mais, na sociedade de informação onde vivemos, estamos bombardeados com informação e é necessário saber separar o trigo do joio, perceber as movimentações que estão por trás das coisas; ter informação e formação para descodificar as mensagens. Como disse Jerome Bruner “processar informação não é o mesmo que compreender significados”. Esta Universidade de Verão é um contributo para fortalecer a inteligência e a formação da elite nacional que aqui está. Mas também há coisas em que não vos podemos ajudar pois só dependem de vós. Sobretudo o carácter: é essencial fazer política com carácter, com ética e com coragem. Com ética porque a política sem ética é um nojo e se vos disserem que não há valores na política é mentira. Quem diz isso é porque não quer tomar partido pelo melhor rumo. Há valores e há opções éticas, há decisões justas e há decisões injustas e a política feita com nobreza é uma coisa bonita, feita sem ela é de facto uma porcaria. Mas é também necessária coragem, a política não é uma coisa para quem se atemoriza. Quem se acobarda facilmente não deve estar aqui porque é preciso coragem para fazer face a muitos desafios. Na política como na vida há sempre dificuldades e obstáculos. A forma como reagimos a essas dificuldades e a esses obstáculos marca a nossa fibra.
E termino com uma metáfora que acho muito bonita, simples: havia um barco à vela que pára no meio do mar porque os ventos mudaram e a questão é saber como é que nós reagimos?
Há o pessimista que se afunda na depressão e acha que não há nada a fazer. E há o optimista que tem esperança e espera que o vento mude. Pois bem minhas caras amigas e meus caros amigos aquilo que queremos é que vocês não reajam nem como o pessimista nem como o optimista. Queremos que vocês reajam como o realista que é aquele que ajusta as velas de forma a adaptá-las à nova inclinação do vento. Com vento de feição vamos fazer andar o barco da Universidade de Verão 2004.
Muito obrigado. PALMAS
Jorge Nuno Sá (Presidente da JSD)
Senhor Director da Universidade de Verão, meu caro amigo Carlos Coelho;
José Matos Rosa, Secretário Geral Adjunto do Partido Social Democrata,
Meus Caros Amigos
A Universidade de Verão 2004 já começou. Acabamos de ter a primeira aula de como fazer política norteada por códigos de valor e de ética que são fundamentais. Devo dizer-vos que cada vez que se fala da Universidade de Verão hoje em dia lembro-me de como elas começaram e como começou particularmente esta. Há pouco, no vídeo da edição anterior, ouvimos o Dr. Durão Barroso dizer que teve a felicidade de ser Presidente do Partido aquando da primeira Universidade de Verão organizada pelo PSD. Nós começámos um bocadinho mais cedo, com um modelo diferente. Nunca é mau citar aqueles que começaram: a JSD preocupou-se com as questões da formação e está dentro desta sala um dos primeiros a preocupar-se com isso, o Gonçalo Capitão conjuntamente com o Pedro Duarte, há alguns anos atrás, começaram a incentivar a que as Universidades de Verão se realizassem com um certo ritmo e que todos os anos elas fossem acontecendo. No ano passado, mais ao menos em Abril, o Eurodeputado Carlos Coelho pediu-me para almoçar com ele para conversarmos um bocadinho e pedia-me humildemente, (sem necessidade nenhuma disso), se nós estávamos dispostos a abdicar da nossa Universidade de Verão para fazermos uma em conjunto com o PSD e com o Instituto Sá Carneiro. Podemos hoje dizer que foi uma das atitudes mais correctas que tomámos ao longo deste tempo. Sempre dissemos que a formação política é fundamental para a acção política. Hoje em dia não adianta fazermos bonitos “sound bytes”, o Carlos ainda agora acabou com uma alegoria a barcos: não adianta alugarmos barcos sequer para darmos conferências de imprensa se depois nem sequer nos sabemos dirigir nem temos mensagens para passar nem sequer temos um objectivo ou uma ideia clara daquilo que queremos fazer. A política do “sound byte”, a política do mediático acontece, também vende, também é rentável nos jornais, também vai aparecendo mas é oca de substância, oca de conteúdo não transmite nada para além daquele momento daquele episódio que pode ser marcante. É muito importante para quem quer aparecer em jornais e televisão, mas não deixa nada para além disso, não constrói absolutamente nada. E isso que nós tentamos contrariar e é para isto que esta Universidade de Verão serve, acima de tudo. Para alicerçar a nossa iniciativa política, alicerçamos o nosso discurso político, dar-lhe raízes e dizia o Carlos há pouco e bem, que não adianta adquirirmos informação, é preciso processá-la. As universidades têm isso como conceito básico: dar a capacidade não só do conhecimento e dos conteúdos mas dar sobretudo a sagueza para os saber discernir e utilizar na nossa vida. É isso que aqui também fazemos mais uma vez este ano em 2004 na segunda UV nestes moldes e em boa hora que o fazemos para formar mais de uma centena de quadros da JSD em dois anos, somando os alunos do ano passado e deste ano. Permitam-me que o diga neste tom: tivemos aqui cerca de duzentos quadros da JSD do melhor que a JSD tem. Muitos dos que aqui estão já são autarcas, membros de associações de estudantes, associações juvenis, associações cívicas já têm intervenção e estão aqui para saber mais porque querem ir mais longe, querem ser melhores. Estamos aqui a formar uma geração de políticos. O Partido Social Democrata tem tido uma característica ao longo dos anos (e ainda bem que assim é): que é ser chamado a governar, chamado a momentos importantes, em situações de crise do País, em situações difíceis, em momentos decisivos. Foi assim ao longo da História quer seja com Sá Carneiro, quer seja com Cavaco Silva ou Durão Barroso. Estou certo agora que com o Dr. Santana Lopes também. Temos sido sempre chamados e não deve ser por acaso que o Partido Social Democrata é chamado nestas alturas. Penso que foi o Herman José que aqui há uns tempos disse que a principal característica que ele destacava no Partido Social Democrata era ter os melhores quadros da política portuguesa, e é isto que se tem reflectido ao longo da história portuguesa: quando o país precisa, em momentos de crise, em momentos decisivos, o Partido Social Democrata é chamado. Temos de continuar assim, tendo os melhores e os mais disponíveis para servir Portugal e os nossos concidadãos. É nossa obrigação e nosso desígnio. E é para isso que a Universidade de Verão contribui.
O que é que nós, JSD, damos a esta organização? Damos o melhor que nós temos, os nossos militantes e os nossos dirigentes. É uma oportunidade que temos para nos formarmos e crescer. Ouvi há pouco as minhas palavras do ano passado, a dizer como nós aprendemos, apesar de não ter participado na UV como vocês vão participar de forma mais interventiva, mais activa. Também eu aprendi muitas coisas e espero este ano aprender também muitas coisas. Vamos aprender em conjunto, vamos crescer, vamo-nos fazer melhores políticos mas, acima de tudo, melhores cidadãos, mais interventivos, mais preparados para aquilo que for o nosso desígnio ao longo das nossas vidas e do nosso percurso político. Diz-se que na vida não há imprescindíveis, pois normalmente se arranja um bom substituto. Não ficaria bem comigo próprio se não dissesse no início desta Universidade que o Carlos Coelho pode não ser imprescindível mas certamente, sem ele esta Universidade de Verão não existia ou não era, pelo menos, esta iniciativa com tanto êxito e com tanto sucesso como é e como vai ser, estou certo, em 2004. Ao Deputado Carlos Coelho, a JSD além de ter sempre orgulho em dizer que é um seu ex-presidente e Presidente Honorário desta estrutura, quero dizer ao Carlos Coelho uma palavra muito simples que há em português mas que significa tanto, Obrigado! Obrigado pelo trabalho, (PALMAS) obrigado pela dedicação, pelo empenho, acima de tudo obrigado por continuar a ser da JSD e perceber que esta estrutura precisa de apoio de amigos como o Carlos Coelho que continua sempre a fazê-lo, sempre na primeira linha. Sempre que nós precisamos sabemos que pudemos contar com o nosso Presidente Honorário mas acima de tudo nesta belíssima Universidade de Verão nesta nova estrutura que já é quase um acto oficial do Partido Social Democrata, é uma instituição do Partido Social Democrata da JSD do Instituto Sá Carneiro e ainda bem que assim o é porque certamente é bom para todos.
Não me queria alongar muito porque lembro-me que, no ano passado, a Sessão de Abertura foi um bocadinho aborrecida e todos nós fizemos viagens longas. Uns fizeram mais Kms, outros menos, eu fiz 400 Kms para cá estar hoje e outros fizeram mais do que eu porque vieram de mais longe. A sessão já foi um pouco longa e alguns estão cansados e temos ainda muito que conversar hoje à noite: temos que nos apresentar uns aos outros, conhecermo-nos uns aos outros temos muito que preparar. Mas não queria deixar de vos dizer isto: aproveitem esta semana e aproveitem bem. Castelo de Vide é uma terra simpática, que nos recebeu muito bem o ano passado, é terra do distrito do nosso Secretário-Geral Adjunto que é o melhor cicerone que podíamos arranjar para nos receber aqui em Castelo de Vide. Vamos ter certamente uma semana de muito trabalho. Quando o Carlos há pouco falava da pontualidade nem eu imaginava que conseguia ser tão pontual como fui no ano passado, devo confessar à partida, o primeiro dia deve custar um bocadinho porque o horário de facto é rígido. No segundo dia já nos vamos habituando, ao terceiro dia ou quarto que se livre algum orador de chegar atrasado. Vocês vão ser os primeiros a criticá-lo, não tenho qualquer dúvida. Foi precisamente isso que aconteceu o ano passado. No primeiro dia toda a gente se queixava com o rigor dos horários no segundo dia toda a gente estava pontual, no terceiro ou quarto dia houve um orador que teve o azar de chegar uma hora atrasado ele quase era crucificado não fosse a intervenção do nosso Director da Universidade de Verão, também ele a proteger os nossos oradores, claro, ele queria assegurar que este ano teríamos convidados do mesmo gabarito (RISOS) e que nada aconteceria que pudesse perturbar este bom ambiente que se vive na Universidade de Verão.
Meus caros amigos, bem vindos à Universidade de Verão 2004, boa sorte, vamos atear o lume como dizia o Carlos há pouco, vamos trabalhar, esta semana é longa mas acreditem: vai valer a pena. Muito obrigado. PALMAS
Carlos Coelho
Eu aproveito para sublinhar uma coisa, que eu sei que não vai na linha dos nossos costumes mas é rigoroso. Para nós, aqui na Universidade de Verão, mostrarmos ao País através daqueles que nos quiserem ver: 10 horas são 10 horas, não são 10h05, nem 10h04, nem 10h06, 10 horas são 10 horas, 10h00. Acho que essa é uma lição que nós damos a muita gente, demos o ano passado e quero crer que com a vossa ajuda vamos dar também este ano. Nós temos cinco Conselheiros, esses cinco Conselheiros são os vossos anjos da guarda no trabalho dos grupos. Depois do jantar vão ter uma reunião de trabalhos de grupo às dez horas. Eles vão acompanhar a vossa primeira reunião para explicar o que é que vocês vão fazer e o Senhor Secretário-Geral Adjunto do PSD, o Dr. Matos Rosa, em nome do Secretário-Geral, em nome do PSD, vai num acto simbólico entregar aos vossos Conselheiros os estandartes que vão marcar a vossa presença enquanto grupo nas acções da Universidade. Hoje ainda estamos todos relativamente informais - não há protocolo hoje ao jantar - mas vão ver que no jantar de amanhã já se vão juntar por grupos porque têm que combinar a estratégia do grupo durante o jantar, que tipo de perguntas vão fazer aos nossos convidados e para marcar a vossa presença em grupo há uns estandartes que identificam cada grupo e o Senhor Secretário-Geral Adjunto vai entregar aos Conselheiros o estandarte de cada grupo. Vamos começar com os grupos beje e castanho, Filipa Guadalupe, (PALMAS), os grupos azul e roxo, Carlos Lopes, (PALMAS), os grupos amarelo e laranja, Mariana Casado, (PALMAS), os grupos encarnado e verde, Ricardo Leite, (PALMAS), os grupos cinzento e rosa, Vânia Neto, (PALMAS).
A Filipa já tinha sido Conselheira o ano passado e agradeço-lhe muito o facto de ter aceite o nosso convite também este ano, os outros quatro foram participantes, (não foi apenas a Mariana Casado) e integraram o lote dos dez melhores de 2003 e é com muito prazer que os vimos associarem-se à organização da Universidade de 2004.
Agora em nome do Senhor Presidente da JSD e do Senhor Secretário-Geral Adjunto do PSD convido-vos dentro de meia hora para nos juntarmos no primeiro andar para um jantar em que vamos estar com o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide. Findo o jantar vamos distribuirmo-nos por grupos. Durante o jantar dir-vos-ei onde é que cada grupo vai ficar. Há seis grupos que vão reunir aqui nesta sala e quatro que vão reunir ao lado da sala de jantar mas dir-vos-ei isso durante o jantar. Se quiserem conhecer o Hotel ou dar uma espreitadela aqui fora, arrumar as coisas nos quartos, se quiserem ler os documentos que já têm na vossa pasta, enfim, são livres de organizar o tempo como quiserem, dentro de meia hora encontramo-nos na sala de jantar.
Dou por encerrada a Sessão de Abertura. Muito obrigada.